Nesta semana foi divulgada uma morte causada por Dengue Hemorrágica em Muriaé. A paciente deu entrada no Hospital São Paulo domingo, dia 20, ao meio dia, com suspeita de dengue, segundo a mãe. Faleceu à o1h20m da segunda-feira, 21.
A mãe da paciente disse que ela foi medicada e o médico usou remédios indevidos, o que ele nega. A mãe disse ainda que as manchas que apareceram em seu corpo horas depois foram comunicadas ao médico que, segundo ela, ignorou.
Bem, se o médico errou ou não, o fato é que uma pessoa morreu. Será que isso poderia ter sido evitado? Cabe a alguém, com certeza, dizer se sim ou não, até mesmo por respeito à família da vítima.
Bem, a Dengue não é privilégio de nenhuma cidade. Se é que isso pode ser um provilégio, né? Mas negar não deve ajudar muito na contenção da doença. Isso foi o que fez o Secretário Municipal de Saúde, Marcos Guarino. Aliás, como o fez também na epidemia de meningite que aconteceu em Muriaé no ano passado.
ESTATISTICA ALARMANTE
Uma estatística me assusta muito: o Rio de Janeiro, que atrai atenção do mundo todo sobre a doença, teve até agora 62 mortes por Dengue Hemorrágica este ano. Consideremos que estas mortes foram todas na cidade do Rio, que tem 66,7 vezes mais habitantes que Muriaé. Então se Muriaé teve uma morte, estatisticamente tem um número alarmante de mortes por habitantes.
É que no Rio é uma morte para cada 99 mil habitantes e em Muriaé, até agora, uma morte para 92 mil habitantes.
Não seria hora de, ao invés de negar um problema, atacá-lo de frente admitindo os problemas que qualquer cidade tem? Será que seria tão ruim para a administração municipal admitir que tem um problema que nem é de sua inteira responsabilidade? Será que o que conta este ano é apenas a capacidade de realizar obras?
É... Afinal, dizer que se tem um problema deste não seria um mote de campanha muito bom, não é mesmo?
Mas ao contrário, ser um exemplo de cidade que, contando com a eficiência de sua administração, conseguiu deter uma ameaça como a Dengue, traria muito mais do que votos. Traria respeito e agradecimento da população. E poderia ainda servir de exemplo para outras administrações, outras pessoas.
Além do mais, é de responsabilidade de todos cuidar de suas casas, terrenos, para evitar a proliferação do mosquito transmissor, mas é de responsabilidade do Estado, em qualquer cidade do país, cuidar da saúde da população. Ou não?
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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2 comentários:
Ué? Como assim podem negar casos da doença? Meu avô, Paulo, no ínicio do mês de Abril, ficou internado no Hospital São Paulo com dengue hemorrágica. Se recuperou bem, felizmente.
Minha namorada, voltou de Muriaé para o Rio no domingo de páscoa, já ardendo em febre por causa de dengue, e acabou internada aqui no Rio com dengue hemorrágica. Depois do susto, ela também já passa bem. Porém, no casso dela, acredito que a doença foi contraida aqui mesmo no Rio, mas bastava um mosquitinho pra se espalhar por Muriaé.
Com a proximidade e facilidade de acesso que Muriaé tem do Rio, me parece inevitável que casos da doença apareçam na cidade, e admitir esses casos, preparando e alertando a população, é o mínimo que a administração local pode fazer para evitar que se transformem e mais uma epidemia.
Prabéns pelo blog, Floriano.
Gostaria de saber se é possível contrair dengue hemorrágica mais de uma vez, e quais saõ as complicações, caso seja possível?
Grato
Wildson
wildsonribeiro@ibest.com.br
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