quarta-feira, 14 de maio de 2008

Um ditado que sempre escutei de meu pai me serve agora

Meu pai sempre me foi exemplo, e sempre escutei dele muitas histórias e ditos e frases por muitas vezes. Uma das expressões que ouvia muito é "urubu é preto em todo lugar". Ele, meu pai, se referia usualmente ao comércio, quando estava negociando gado. E queria dizer, normalmente, que se o preço estava ruim aqui, nem adiantava querer negociar em outro lugar, pois lá também não estaria bom. E as expressões de meu pai sempre foram, para mim, muito qualificadas, uma vez que sempre ouvi e ainda ouço de todos que o conhecem "fazendo negócio" que seu nome significa honestidade e honradez. Isto carrego comigo e tento me comportar como se fosse meu pai, em relação à ética.
Interessante o que a gente pode aprender com nossos pais!
Agora uso esta frase dita tantas vezes ouvida por mim para dizer que não é só aqui, em Muriaé o problema. Falo do Meio Ambiente.
Foi só a Ministra Marina Silva deixar o cargo, nesta terça-feira, e o Congresso já aponta o que vai ser: aprovaram a Medida provisória 422, que pode aumentar em até 100% a área de desmate permitida na Amazônia.
É o progresso. E tem muita gente que inda pensa que defender o meio ambiente é besteira, que pensar na vida de todos e não só no conforto de alguns não é importante. Esses...
Mas hoje penso diferente de meu pai em um aspecto. Se o urubu está preto aqui está em todo lugar, até aí tudo bem. Mas isto não significa que não devamos tentar. Não penso que devemos ficar parados, se queremos um mundo melhor para todos, inclusive os que ainda virão.
E, para falar a verdade, acho que até meu pai, que um dia também já deve ter desmatado, em tempos muito "idos" (porque nem me lembro disso) deve concordar comigo. Obras não são mais importantes do que garantir a sobrevivência de um planeta! Para que servirão as obras se não houver ninguém para usá-las?
Agora, então, não me entendam mal: não vou nunca dizer que não se deve fazer obras, isto não. Sei que obras são melhorias, e todos deveria aproveitar delas.
Mas então só como exemplo, é só colocar na balança: será mais importante fazer um Centro Administrativo de muitos milhões ou usar estes milhões para fazer melhorias básicas nos distritos? Ou fazer talvez uma estação única de tratamento de esgoto, que trate realmente servindo de proteção ao Rio Muriaé? Ou será que são obras diferentes, que as daqui são mais importantes porque aparecem mais?
Vou deixar de falar de corte de árvores, então. Vamos falar de árvores plantadas. Mas aí me faltam dados...

6 comentários:

Anônimo disse...

Querido Floriano vejo que vc está mal informado,em vez de ficar ai escrevendo besteiras sai pra rua e conversa mais um pouco....o centro administrativo foi feito com recurso do governo e com isso vai gerar uma economia de mais de 50 mil reais aos cofres públicos deixando de pagar aluguel,isso não é bom...mas tem dono de imóvel que não gostou pq tava mamando muito dinheiro,agora quanto ao rio muriaé se vc não sabe vai ser feito outro tratamento de esgoto pelo lado do porto como foi feito outros por ai na cidade e com isso Muriaé vai ter quase 90% de seu esgoto tratado...isso é ótimo não é...já pensou a gente tomando banho no rio Muriaé e comendo um churrasquinho e tomando uma gelada...abraço

Anônimo disse...

Voce nao pode de modo nenhum comparar o desmatamento da amazônia com corte de árvores em áreas urbanas! Essas árvores, no maximo, vao prejudicar o conforto termico nas imediaçoes da área. Esse tipo de corte é desprezível para o aquecimento global! Isso é desenvolvimento urbano, mas claro que nao podemos esquecer que a área deve ser revegetada para restabelecimento do conforto térmico!
O combate do aquecimento global tem que focar a área rural, onde nao se fala de dezenas de árvores, e sim de dezenas de hectares de mata nativa cortadas! Tem que focar a região amazônica, a mata atlântica, as cabeceiras dos rios!

Anônimo disse...

E principalmente os combustíveis fósseis!!

Anônimo disse...

Entre gastar R$ 5 milhões para construir o Centro Administrativo do lado da rodoviária - um erro crasso em termos urbanísticos - ou contruir uma estação de tratamento de esgoto, o melhor teria sido a segunda opção. Simplesmente porque a cobrança da taxa de esgoto pelo Demsur é ilegal - já que ele não trata o esgoto. Assim, qualquer um que entrar com uma Ação Civil Pública - cadê o Ministério Público? - pode cessar com a cobrança, o que traria muito mais prejuízo ao município que os 50 mil de aluguel que - dizem - a atual administração paga pelos imóveis que ocupa. Eu queria saber uma coisa: se o Sr. Zé tivesse que pagar 50 mil por mês de aluguel para instalar uma de suas concessionárias ou comprar o terreno e construir por R$ 5 milhões, o que ele faria? Sabe-se que à taxa de 1% ao mês, o próprio juros dos 5 milhões pagariam o aluguel, né? O que parece é que o administrador de empresas Sr. Zé é um péssimo administrador público. Aliás, uma coisa tem pouco a ver com a outra. Uma outra pergunta: por que o Sr. Zé escolheu justamente aquele lugar para construir o Centro Administrativo? Pelo que sei isto valorizou bastante o terreno dele, no outro lado do Rio, onde era a Bombas Encar... Pode isto? Cadê o Ministério Público?

Anônimo disse...

"Pensar globalmente, agir localmente", esta é uma das máximas do ambientalismo moderno.
Sim, o corte das árvores aqui em Muriaé tem tudo a ver com o corte das árvores na Amazônia. Se não cuidarmos das árvores que são cortadas do nosso lado, como vamos evitar que cortem as que estão a milhares de quilômetros. Nós, como murieenses, temos que reagir ao corte de árvores sim. O pessoal de Leopoldina, Ubá, Eugenópolis, Caratinga... Minas inteiro, Brasil inteiro, mundo inteiro e até o Sistema Solar inteiro precisa dar um basta ao corte de árvores - seja em qualquer lugar. Sobre as árvores rurais, a própria prefeitura tem mais de mil quilômetros de estradas secundárias, por que ela não toma a iniciativa de plantar árvores à beira das estradas? Itabirito tem uma experiência muito bonita, plantaram Ipês amarelos... a gente viaja quilômetros e quilômetros entre flores. Mas e aqui, o que fazem? Só cortam. Quer saber mais uma coisa: o problema ali do Centro Administrativo vai ser quando o Sr. Zé resolver tirar o camelódromo do outro lado da rua. Alguém duvida que ele vai fazer isto? Aí eu quero ver. Imaginem ficar a rodoviária, o Centro Administrativo, o Camelódromo, a JK passando ali pelos fundos e ainda o mercado que vão construir onde é o campo do Nacional. Gente, Muriaé vai ficar um "luxo" só com tanta confusão junta. Aí é que mora a falta de planejamento. Nosso querido prefeito é um Juscelino kubitschek que não precisa do Oscar Niemayer ou do Lúcio Costa para construir Brasília. Ele tira as coisas de trás do orelha e pronto. Isto realmente é muito ruim pra nossa cidade.Ele mesmo tropeça nos próprios erros, mas o pior - com certeza - vai ficar para o médio e longo prazo.

Anônimo disse...
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