quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Patrimônio Histórico? Ah, pra quê??

Assisti uma matéria na TV que mostra o mundo com os olhos voltados (e REvoltados) para a depredação do Patrmônio Histórico e o conjunto arquitetônico em cidades históricas brasileiras. Tais atos são crimes e a UNESCO e o IPHAN tentam combater o descaso que destrói o que poderia trazer além da conservação da história de um povo (nós mesmos) lucro com o turismo, entre outras coisas.
Aí me pergunto: será este o preço a se pagar pelo progresso? Por que somos subdesenvolvidos? E a relação é muito próxima com nossa cidade. É, sim, louvável a preservação do prédio do Grande Hotel Muriahé e do Paço Municipal, que agora abriga o Museu da cidade. Mas e quanto a nosso conjunto arquitetônico? Ficará somente em fotos antigas, a serem expostas em um museu que também é pouco mostrado, com visitas muito pouco incentivadas, em postais produzidos por uma ou outra pessoa que realmente se importa com isso?
Os prédios que deveriam ser tombados estão sendo DESTRUÍDOS, em nome do progresso... E infelizmente é isso o que muita gente aplaude, louva, na atual administração:o PROGRESSO. E então me acusam, quando faço críticas como esta, de ser contra o progresso.
Não sou, definitivamente, contra o progresso. Só não concordo em pagar tal preço. Porque depois de destruído, nosso patrimônio não volta mais. Nunca voltará.
E é dever de quem administra, de quem legisla (...), cuidar do progresso tanto quanto da história da cidade e de seu povo. Em vez de tombamento histórico, o que conseguimos aqui é o tombamento literal, para dar lugar a prédios novos.
E devo EU lembrar que a história de um povo se conta através de fatos,de pessoas e de casas, de prédios? Todos eles, afinal, estiveram presentes a momentos históricos.
Sinceramente, me envergonho ao ler nas páginas de nossos jornais (...), em suas colunas sociais, nossos muriaeenses ilustres visitando a Europa e todos os seus pontos turísticos que, em sua grande maioria, são construções antigas, que contam a história da Humanidade. É claro que a Europa, o Velho Mundo, também abriga a modernidade, aliás, bem mais do que aqui. Mas isto porque se pensa e se trabalha para isso, cria-se áreas para a chegada de novas construções, sem perder, no entanto, as construções antigas.
Devo EU lembrar que a preservação de cavernas a prédios antigos por todo o mundo, que contam a história e nos ajudam a descobrir coisas importantes não só sobre a história, mas também nos ajuda a descobrir coisas importantes sobre o futuro é tão importante como criar empresas, trazer empregos e progresso? Será que cabe a mim? Creio que cabe, sim, a mim e a qualque um que tem os olhos voltados para o futuro, mas que acredita que o futuro não precisa apagar o passado.

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