DEMSUR premiado no Prêmio Furnas Ouro Azul, por tratamento de esgoto

Iniciativa dos Diários Associados reconhece projetos de proteção de recursos hídricos
Em sua 7ª edição, concurso tem recorde de inscrições
Luciana Melo - Estado de Minas


Prestígio e reconhecimento para aqueles que defendem a água. Os vencedores do 7º Prêmio Furnas Ouro Azul foram conhecidos, na quarta-feira, no Imperador Recepções e Eventos, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital. A premiação incentiva e divulga iniciativas desenvolvidas por instituições públicas e privadas, sociedade civil e estudantes, em prol da recuperação e conservação dos recursos hídricos. A sétima edição, realizada pelos Diários Associados, por meio de seus jornais Estado de Minas, Correio Braziliense e Jornal do Commercio, com patrocínio de Furnas Centrais Elétricas, bateu recorde de trabalhos inscritos.

Na primeira edição do prêmio, foram oito projetos e, neste ano, 100 trabalhos concorreram aos cinco títulos. Os vencedores enfrentaram uma disputa acirrada, com alto nível técnico dos concorrentes. O diretor-executivo do Estado de Minas, Geraldo Teixeira da Costa Neto, destaca o crescimento e consolidação do Prêmio Furnas. “O número de inscritos aumenta, assim como há maior consistência nas propostas apresentadas. O Prêmio Furnas Ouro Azul ganha maturidade quando toda a sociedade está preocupada com a preservação da água, mas lançamos este trabalho quando as discussões sobre o tema estavam apenas começando. Pelo potencial do nosso estado, temos a obrigação de preservar esse recurso natural”, afirma.

A premiação começou com a categoria Estudante nível médio/técnico, e o primeiro lugar ficou com a Escola Estadual Cônego José Eugênio de Faria, de Cachoeira de Minas, com o projeto Curupira. A Faculdade Católica Uberlândia e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), do Triângulo Mineiro, venceram a categoria Estudante nível superior, com o trabalho Agricultura familiar e recursos hídricos: um projeto para a conservação da microbacia do Córrego do Marimbondo. O trabalho desenvolvido pela ONG carioca Onda Verde foi premiado na categoria Comunidade. A Votorantim Metais Zinco S/A, Unidade Morro Agudo de Paracatu, ganhou no quesito Empresa privada, com o projeto Redução da captação de água.

A iniciativa de tratar o esgoto do município pelo Departamento Municipal de Saneamento Urbano de Muriaé, na Zona da Mata, ficou com o primeiro lugar da categoria Empresa pública. Além dos prêmios por categoria, também foi selecionado o projeto que mais representa a realidade hídrica de cada estado, o Destaque Estadual Ouro Azul. No Rio de Janeiro, venceu o projeto Educação ambiental, o Futuro do Planeta; no Distrito Federal, foi premiado o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF, com o programa Adote uma nascente. Em Minas, o Instituto Vianna Junior, de Juiz de Fora, levou o título com o programa Construção de filtros lentos de areia. Além da premiação, cada projeto será divulgado em caderno especial que circulará nos jornais dos Diários Associados no dia 22.

http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/12/11/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=91705/em_noticia_interna.shtml

Alguns dizem que sou só "do contra", que só critico. Já me disseram isso pessoalmente. Mas o fato é que notícias como esta são tão raras. Tem havido mais desastre, negligência, indícios de irregularidades. Aí, não posso deixar de falar. Além do mais, já falei sobre o esgoto mesmo. Acredito que o esgoto poderia ser tratado de outra maneira, de modo a chegar perto dos 100% de tratamento com um custo e uma lógica melhores. Tá bem, não sou engenheiro, não é mesmo?Mas, sinceramente, gostaria que meus dias tivesem mais notícias de alguma iniciativa, ainda que isolada, que pudesse mostrar nossa cidade de forma melhor.

Ainda que eu pense diferente, porém, não podemos negar que receber um prêmio pela iniciativa é bom, sim. Creio que o problema do esgoto não se resolve com a quantidade, a porcentagem de tratamento atingida hoje. Mas este prêmio diz que estamos no caminho certo.

Se os desastres pararem de nos assolar, pode sobrar dinheiro para tratarmos 100% de nosso esgoto e virarmos exemplo para o país todo. Quem sabe? Eu sonho!