domingo, 16 de março de 2008

Muriaé já coleta óleo comestível e transforma em biodiesel

*por Matheus Polito
O projeto "Coleta de óleo de frituras para a fabricação de biodiesel" é feito pela organização não governamental Eco-Ambiental. O projeto coleta o óleo usado pelos restaurantes e bares e até por residências. O objetivo principal do projeto é evitar que esse óleo seja jogado diretamente no rio. De acordo com a representante da ONG, Maria José PAcheco, "um litro de óleo jogado fora pode poluir um milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa por 14 anos, ou pode contaminar o solo na extensão de 1 Km".
O projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Cataguases que, juntamente com a Vigilância Sanitária, realizará palestras e encontros para conscientizar a população sobre o descarte indevido de óleo sujo e os males que isso pode trazer à natureza. "É simples fazer o certo e você contribui bastante com o meio ambiente", ressalta a representante da Eco.
Em média são recolhidos dois mil litros de óleo por mês em Muriaé e região, "um volume muito pequeno, mas considerável", explica Maria José.
O óleo recolhido é enviado a uma empresa em Duque de Caxias, onde é repassado ainda a uma outra empresa que produz o biodiesel. Um litro de óleo gera cerca de 800 ml de biodiesel.

Posto de coleta

O posto de coleta já está sendo construído. O local terá capacidade para armazenar todo o líquido recolhido na cidade e região. "Todo o nosso trabalho é feito de acordo com as normas do Conselho Estadual de Política Ambiental e o Fundo Estadual do Meio Ambiente", esclarece a representante. Em Muriaé o óleo já é coletado há nove meses. "Vamos buscar nas casas. Sempre colhemos seis litros de óleo por pessoa, no mínimo, completa Maria José Pacheco.

*matéria de Matheus Polito/Diário de Muriaé

Pois é! A ONG é de Muriaé, coleta óleo há nove meses (em Muriaé) e pouca gente sabe. Menos gente ainda sabe que o projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal! (mas não é a de Muriaé, é a de Cataguases.)
Ora, por que não tem o apoio de nossos vereadores, nosso prefeito e de nossos deputados? Por que não é declarado de utilidade pública? Por que não elaboram um projeto que inclua esta iniciativa, que gere emprego, renda e saúde do meio ambiente? Aliás, sobre meio ambiente, o que pensam nossos políticos? Será que pensam?
E, sobre esta matéria, se um litro de óleo polui um milhão de litros de água, quantos litros foram poluídos com o vazamento no posto de combustíveis, e por quantos quilômetros está sujo o solo? Ah, o mesmo solo que estava castigado pelo acidente em janeiro de 2007, com a mineradora.
Isso parece coincidência, né? Mas só parece!

2 comentários:

Anônimo disse...

É...
Poucos acessam a internet. Destes poucos, a maioria usa as lan houses da vida e passam longe do seu blog, preferindo aqueles jogos estúpidos de matar, fugir da polícia e roubar velhinhas. Mesmo os que acessam acessam o seu blog, uma parcela ínfima vai entender a importância deste assunto. A prova do que estou falando está na realidade que a gente está vendo. O Rio Muriaé está virando um córrego e ninguém faz nada. Dia após dia, aqueles que têm dinheiro vão se impondo e o que realmente importa vai acabando. É triste viver numa cidade assim. É igual à propaganda dos biscoitos Tostines: "os governantes não fazem nada porque a população não cobra ou a população não cobra porque sabe que os governantes não farão nada?" O que eu observo é uma política deliberada para acabar com o Rio Muriaé, talvez para transforma-lo numa longa avenida para escoar os engarrafamentos da cidade. Triste, muito triste.

Aslei Calais disse...

Bem, esperar dos governantes é a mesma coisa que ficar de braços cruzados, ainda mais quando no caso de municipios pequenos governados por pessoas "grandes"!!!
É a população que precisa tomar essa consciência de "colocar a mão na massa" e assumir o papel de "zelador" do ambiente onde vive.
Outro problema são algumas ONG´s, eu falo isso pq ainda faço parte de uma ONG AMBIENTAL no interior do ES onde morei. O trabalho tem que ser bem feito sem olhar grupo partidário, nem condição social do beneficiário, e sem nenhum tipo de exceção.
No caso desse projeto da Coleta de Óleo, deveria ser feito uma propagando maior na cidade atingindo o maior numero de residências e empresas, para a partir de então, tornar quase que uma obrigação a participação do poder público.
Qual prefeito e/ou vereador ficará de fora de uma "exigência da comunidade"?