Esta parte da rua caiu em janeiro de 2007, no acidente com a mineradora. Mas isso, prefeito, já faz um ano e dois meses. Será que a solução está sendo guardada como trunfo, como mais uma promessa de campanha?
segunda-feira, 24 de março de 2008
Já faz mais de um ano!
domingo, 23 de março de 2008
Calma! Deve haver uma explicação para toda esta lenha no almoxarifado da prefeitura...
mais uma poesia
A cada instante ouço
Um tropeço
Cada passo me faz
Sentir, ainda moço,
Que a cada dia
Nasço e envelheço.
Floriano
Uma poesia
quarta-feira, 19 de março de 2008
O NAC será meio salvo. Mas o Paulistano...
Segundo informou o promotor Fabio Rodrigues Lauriano a este repórter, um acordo esta´ sendo formalizado acordo entre as partes envolvidas na questao NAC. De acordo com o promotor esta´ sendo formada uma comissão de 7 membros com representantes da atual diretoria, ex-diretores, MP e grupo Salles para gerir todo o processo de construção do novo estádio. As obras deverão iniciar ao mesmo tempo, tão logo seja concluído o processo de venda do Soares de Azevedo.
Outra comissão com 13 membros (Conselho Fiscal) tambem com representantes de todas as partes esta´ esboçada. Ainda como parte da proposta do MP, um perito acompanhara´ regularmente todo o processo de construção, assegurando que o dinheiro seja inteiramente aplicado nesse fim.
Fabio acredita que na semana que vem mais uma reunião poderá ser realizada para as assinaturas e posterior homologação do documento perante a Justiça."
http://www.eliasmuratori.com.br/
terça-feira, 18 de março de 2008
Será isso omissão ou o quê?
Duas semanas após o acidente na Rua MAnoel Alves de Araújo Sobrinho, em decorrência de um derramamento de combustível do Auto Posto F3, de claro mesmo não há nada.
Os técnicos da FEAM vieram à cidade no dia seguinte, fizeram um laudo e foram embora. A prefeitura não tem responsabilidade nenhuma sobre a execução de uma obra destas, o que no mínimo é um descaso. Como pode ser certo a FEAM autorizar uma obra, porque todos os projetos estão certos, mas ninguém ser o responsável por acompanhar a sua execução? E não falo aqui de competência legal, mas de "responsabilidade", de moralidade, do "certo e o errado".
As autoridades podem não ter competência legal sobre certas coisas, mas deveriam lembrar-se de que têm uma obrigação moral com todos os cidadãos, não só seus eleitores, mas todas as pessoas que sempre votam e sempre pagam seus impostos.
No dia do acidente, foi um absurdo não haver sequer uma autoridade política presente no local. O prefeito apareceu no dia seguinte às 10 horas da manhã e disse não ter vindo no dia anterior porque dormira cedo. (Ele se esqueceu que o acidente ocorreu às 5:30 da tarde! Ou será que realmente ele dormiu tão cedo?)
Os vereadores também não compareceram. Dos quatro que compõem a Comissão de Meio Ambiente, dois afirmaram, através da assessoria, que estiveram no local como cidadãos e não como vereadores. Ora, senhores, então eram só curiosos, uma vez que nem moram por perto. Deveriam, sim, ter ido como vereadores, e procurar saber o que, de fato aconteceu, o que deveria ser feito. Afinal de contas, para quê serve, então, uma comissão destas? Só para os vereadores aumentarem seus salários?
O DEMSUR, departamento responsável pela rede de esgoto e pela água da cidade, segundo a FEAM, coletaria amostras no rio. Coletou? Onde? Quando? Quais foram os resultados? Será que o prefeito, os vereadores e os deputados sabem disso? Será que se importam com isso?
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente sequer apareceu. Será que isso também não diz respeito ao meio ambiente e eu estou enganado?
O dano ambiental, segundo a proprietária do posto e mesmo a FEAM, foi mínimo. Será? Olhem estas árvores, nas fotos: uma fica onde saiu todo o combustível, e as outras na beira do rio, onde ocorreu a explosão. O que têm em comum? Todas estão mortas. E o rio? Quantos litros de combustível foi para o rio? Houve mortandade de peixe? Se um litro de óleo polui um milhão de litros de água, quantos litros foram poluídos neste acidente?
Neste ano de eleições uso isso tudo para me lembrar: ainda bem que vivemos em regime democrático, e melhor ainda é que sabemos escolher nosso representantes... Já pensou se não soubéssemos???
Floriano Rodrigues
domingo, 16 de março de 2008
Comissão de Meio Ambiente da Cãmara Municipal
Muriaé já coleta óleo comestível e transforma em biodiesel
O projeto "Coleta de óleo de frituras para a fabricação de biodiesel" é feito pela organização não governamental Eco-Ambiental. O projeto coleta o óleo usado pelos restaurantes e bares e até por residências. O objetivo principal do projeto é evitar que esse óleo seja jogado diretamente no rio. De acordo com a representante da ONG, Maria José PAcheco, "um litro de óleo jogado fora pode poluir um milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa por 14 anos, ou pode contaminar o solo na extensão de 1 Km".
O projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Cataguases que, juntamente com a Vigilância Sanitária, realizará palestras e encontros para conscientizar a população sobre o descarte indevido de óleo sujo e os males que isso pode trazer à natureza. "É simples fazer o certo e você contribui bastante com o meio ambiente", ressalta a representante da Eco.
Em média são recolhidos dois mil litros de óleo por mês em Muriaé e região, "um volume muito pequeno, mas considerável", explica Maria José.
O óleo recolhido é enviado a uma empresa em Duque de Caxias, onde é repassado ainda a uma outra empresa que produz o biodiesel. Um litro de óleo gera cerca de 800 ml de biodiesel.
Posto de coleta
O posto de coleta já está sendo construído. O local terá capacidade para armazenar todo o líquido recolhido na cidade e região. "Todo o nosso trabalho é feito de acordo com as normas do Conselho Estadual de Política Ambiental e o Fundo Estadual do Meio Ambiente", esclarece a representante. Em Muriaé o óleo já é coletado há nove meses. "Vamos buscar nas casas. Sempre colhemos seis litros de óleo por pessoa, no mínimo, completa Maria José Pacheco.
*matéria de Matheus Polito/Diário de Muriaé
Pois é! A ONG é de Muriaé, coleta óleo há nove meses (em Muriaé) e pouca gente sabe. Menos gente ainda sabe que o projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal! (mas não é a de Muriaé, é a de Cataguases.)
Ora, por que não tem o apoio de nossos vereadores, nosso prefeito e de nossos deputados? Por que não é declarado de utilidade pública? Por que não elaboram um projeto que inclua esta iniciativa, que gere emprego, renda e saúde do meio ambiente? Aliás, sobre meio ambiente, o que pensam nossos políticos? Será que pensam?
E, sobre esta matéria, se um litro de óleo polui um milhão de litros de água, quantos litros foram poluídos com o vazamento no posto de combustíveis, e por quantos quilômetros está sujo o solo? Ah, o mesmo solo que estava castigado pelo acidente em janeiro de 2007, com a mineradora.
Isso parece coincidência, né? Mas só parece!
Tribunal de Contas da União condena ex-prefeito de Eugenópolis e ex-diretor executivo do Fundo Nacional de Saúde (FNS)
*(matéria publicada no site do TCU: http://www2.tcu.gov.br/)
Assim as coisas parecem começar a andar direito. Se cometerem erros administrativos, políticos, e não só os prefeitos, devem mesmo ser punidos. Já que conhecem a lei e a desrespeitam, senhores, o certo deveria ser os senhores corruptos ou mal administradores estarem na cadeia. Mas assim já está bom, para começar.
Agora resta saber se esta decisão será cumprida ou se nos permitidos recursos se perderá e terá sido só mais uma para agradar à "opinião pública".
quarta-feira, 12 de março de 2008
Ah, esses vereadores... (parte II)
No dia do acidente, nos conformamos com a ausência de todos os nossos políticos. Primeiramente, todos os que falaram disseram não ter ficado sabendo a tempo de comparecer ao local. Inclusive o sr. prefeito, que, ao chegar ao local no dia seguinte, às 10 da manhã, disse não ter ficado sabendo no dia anterior por ter dormido cedo. Ora, sr. prefeito! O acidente aconteceu às 5:30 da tarde! Não há como dizer que dormiu antes disso...
E quanto aos vereadores, prefiro usar as palavras deles mesmos, porque além de não cumprirem seu papel responsavelmente, eles não entendem que a população não quer somente as leis que eles devem fazer, mas sua preocupação com o que se comprometem. O meio ambiente não é uma pauta para legislarem, simplesmente. Se há uma comissão de meio ambiente, não seria aquela, infelizmente, a oportunidade de trabalharem no assunto?
Bem, eles entendem assim:
"Os vereadores têm a incumbência de criar Leis e fiscalizar os atos do Poder Executivo. As comissões da Câmara são montadas para averiguarem os atos do Prefeito e de seus secretários. Por Lei, elas não podem fiscalizar atos de empresas privadas ou particulares. As Comissões da Câmara existem para verificar fatos ocorridos com a finalidade de propor Lei sobre o assunto.
As comissões, principalmente a de Meio Ambiente, não podem propor Lei sobre o caso ocorrido no Posto localizado no bairro Barra, quando ocorreram chamas saindo dos bueiros, porque a competência para fazer Lei sobre segurança pública é do Estado e da União. No caso do Meio Ambiente, a competência é somente da União.
Mesmo assim, os vereadores Evil Mendonça e Paulo Varella estiveram visitando o local como cidadãos muriaeenses e fiscalizadores do povo para verificarem quais seriam os culpados. Lá chegando, encontraram no local o coordenador de Defesa Civil da Prefeitura, Fábio Almeida, que determinou que as possíveis deficiências havidas deveriam receber soluções pela FEAN – possíveis vazamentos de resíduos e deterioração da fauna e flora no Rio Muriaé.
Cumprindo seu papel de profissional do mundo da comunicação, Evil Mendonça relatou que enviou um carro de reportagem de seu programa na Rádio Muriaé, para que assim houvesse uma ampla e irrestrita cobertura do acontecimento, alertando aos demais proprietários de postos de combustível sobre os cuidados necessários."
De fato, parece que os senhores e senhora vereadores desta comissão não estão aptos para trabalharem neste assunto. Ou somente comprovaram que não se preocupam, de fato, com os problemas enfrentados por seus eleitores.
Ah, esses vereadores!...
Elias 11 março, 2008 23:17
O vereador João Fiscal subiu à tribuna na última reunião e agradeceu penhoradamente os votos contra a abertura de processo de cassação do seu mandato.
"Esse G6 ninguém segura"! Deve ter sido no que pensou quando agradeceu... Afinal, esta frase já foi usada por ele mesmo, em outra ocasião. Ah, a propósito o G6 quer dizer "grupo dos 6".
E a quem diga que no caso do processo contra Paulo Varella o mesmo pode acontecer...
(texto publicado em http://www.eliasmuratori.com.br/)
sábado, 8 de março de 2008
eu não quero extinguir nenhuma espécie!
(Texto e fotos extraídos de ttp://www.ambientebrasil.com.br/)
"Palmito Juçara
O palmito juçara Euterpe edulis Martius é umas das palmeiras mais belas de toda a flora brasileira. Sua distribuição original ocorre do sul da Bahia até Misiones na Argentina. Também há registros da juçara em brejos próximo ao Distrito Federal.
Explorado intensamente a partir da década de 70, o palmito juçara encontra-se hoje sob o risco de extinção. Apesar da retirada sem a realização e a aprovação de um plano de manejo sustentado ser proibida por lei, a exploração predatória tem avançado no país e quase todo o palmito juçara comercializado e exportado pelo Brasil atualmente é ilegal
O palmito leva mais de 7 anos para crescer até o tamanho de corte. Devido a super-exploração ilegal, juçaras muito pequenas já estão sendo cortadas (são os palmitos picados que você vê na pizza de palmito!), impedindo a regeneração natural das florestas.
À noite os palmiteiros entram na mata, cortam e carregam feixes de até 50 palmitos. Cada feixe representa uma árvore morta. Um palmiteiro pode cortar até 200 palmeiras por dia!
Para uma maior conscientização e preservação desta espécie sugere-se algumas considerações, como mostrar ao público o impacto do corte do palmito na Floresta Atlântica e seus riscos a saúde, quando preparado e consumido sem condições básicas de higiene (botulismo); elaboração e divulgação de campanhas de educação ambiental; criar um sistema de fiscalização efetivo nas Unidades de Conservação da Floresta Atlântica; incentivar planos de manejo do palmito em áreas particulares; fornecer alternativas de renda para a população tradicional e do entorno das Unidades de Conservação."
Por isso tudo aí, eu não compro mais palmito em minha casa. E sei que muitos vão dizer que é uma bobagem, porque não vou mudar a situação deixando de comprar palmito. Bem, não é assim que eu penso. E se algumas pessoas pensassem assim, como eu, já faríamos mais pela espécie, pela Mata Atlântica, por nós mesmos...
Pense você aí: se você também não comprar palmito, sua família também, seus amigos também... Imagine!
"You may say I'm a dreamer, but I'm not the only one." (John Lennon)
sexta-feira, 7 de março de 2008
sexta-feira: ainda há cheiro de combustível
Os Bombeiros foram à rua, visitaram algumas casas e disseram que o cheiro ainda é decorrente do vazamento do dia do acidente e que não há nenhum vestígio de que outro vazamento possa ocorrer. A FEAM, responsável pela fiscalização do posto também ja havia afirmado que não há risco.
O difícil é dizer e fazer ouvir isso os moradores, que estão tampando os ralos de sua casa por causa do forte cheiro.
Floriano Rodrigues
um ano e um mês, dois acidentes: coincidência???
Miraí, Muriaé e Patrocínio do Muriaé foram as cidades mais atingidas. Em Muriaé, cerca de 10 mil pessoas foram diretamente afetadas pelo acidente nos dias seguintes, e até o dia 25 de janeiro, houve mais três cheias, nas quais algumas pessoas perderam suas coisas pela segunda vez. A mineradora, que um ano antes havia sido condenada a pagar uma multa de R$75 mil por outro acidente, foi novamente multada em alguns milhões e foi interditada. Aos moradores, porém, a empresa ofereceu um ressarcimento pífio e alguns moradores optaram por aceitar.
Houve muita coisa errada na manutenção dessa crise: moradores das ruas mais afetadas de Muriaé reclamaram da demora da limpeza; o material recolhido nestas ruas foi depositado exatamente no Horto Florestal, local de visitação pública e preservação ambiental. O lixão está a 5 km dali.
Passados um ano e um mês já quase temos as pontes que foram destruídas, todos os moradores atingidos estão quase satisfeitos, quase foi limpo o rio, quase deu tudo certo!
Aí então na tarde da última quarta-feira, 05, o Auto Posto F3, na área central da cidade, realizava uma limpeza em uma caixa de resíduos e houve um vazamento. A manutenção lavou o resíduo e este foi levado à rede de esgoto da rua Manoel Alves de Araújo Sobrinho. Houve, por motivo ainda desconhecido, uma grande explosão, vista e ouvida por várias pessoas em diversos pontos da cidade. As tampas dos bueiros voaram e o fogo saía por ali. Um choque!
Agora ainda será apurado o que aconteceu e o que deve acontecer por isso. Mas isso são fatos. O que há, além dos fatos, de semelhante entre estes dois acidentes?
È que depois de acontecer se vê que poderia ter sido evitado. O acidente não indigna ninguém, mas saber que isso decorre de negligência, isso sim é de indignar a todos. Há também outra coisa em comum: a FEAM é a responsável pela fiscalização das duas atividades causadoras dos acidentes. O tanque da represa não estava fiscalizado, senão não teria rompido. No caso do posto de combustíveis, ele passou por uma reforma e adaptação a normas exigidas pela FEAM, mas a última visita do órgão se deu há mais de cinco meses. O que prova que a execução da obra não foi fiscalizada pelo órgão competente.
Será possível que as coisas têm que ser assim? Não creio. Mas prefiro sugerir: será que com tantas atividades perigosas e que devem ser fiscalizadas pela FEAM, por exemplo, não seria hora de termos na cidade um escritório da fundação para que possamos acompanhar as atividades comerciais e industriais que são um acidente potencial?
Agora dizem, como disse a Superintendência de Imprensa do Governo de Minas Gerais, que “o acidente ambiental está controlado”. Será que está? Quem disse o impacto que tiveram sobre o Rio estes dois acidentes? Quantos peixes morreram com o primeiro acidente? E com o segundo?
Quem é o responsável por saber disso, por nos dizer o que houve, por que e o que será feito? Ninguém da administração municipal?
quinta-feira, 6 de março de 2008
Genésio
Pode ser um ovo
Ou até uma margarida,
Mas é tudo de novo,
Tudo, na mesma vida.
(floriano)
poesia
Cada um que passa
É uma história que fica.
A cada história que se passa
É mais outro, que não sou.
Às vezes muitos se encontram
Mas ninguém vai aonde vou.
(floriano)
Acidente ambiental em Muriaé está sob controle
Equipe do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) permanece em Muriaé, na Zona da Mata, onde ocorreu, nesta quinta-feira (6), uma explosão dentro de uma galeria da rede pluvial em um posto de combustíveis, localizado a cerca de 150 metros do rio que leva o nome da cidade. De acordo com a defesa civil do município, o acidente não representa ameaça à população.
Segundo o técnico do NEA, Sebastião Bahia, a explosão foi provocada por um vazamento de gasolina na parte externa do posto durante a limpeza de um poço subterrâneo. O trabalho estava sendo feito com o uso de bomba de sucção para a retirada do combustível. Com o vazamento, os funcionários do posto tentaram limpar o local com água, o que acarretou no direcionamento da gasolina para a canaleta da rede pública da cidade que desemboca no rio Muriaé.
Bahia informa que a mistura dos materiais no interior da galeria provocou a formação de gases e a explosão pode ter acontecido porque pessoas utilizavam fogo nas proximidades. Uma árvore e um carro foram afetados pelas chamas e o Corpo de Bombeiros do município foi chamado para conter o incêndio.
O Departamento de Água e Esgoto de Muriaé recolheu amostras de água para análise. O técnico da Feam explica que a presença de outras substâncias no rio (que não eram provenientes do vazamento no posto) podem ter contribuído para a formação dos gases que provocaram a explosão. Outras amostras serão coletadas durante toda a semana para investigação da ocorrência.
O Posto de Combustíveis já foi liberado e trabalha normalmente. Já a limpeza do rio será feita com contenção da pluma de óleo que ficou na superfície da água. Em seguida, toda a via pública será lavada, bem como as caixas separadoras do posto. O técnico da Feam continua no local para acompanhar a a realização dos trabalhos.
Ainda a espera de um laudo
Parece haver um consenso entre os técnicos da FEAM, da Defesa Civil e do Departamento Municipal de Saneamento Urbano, DEMSUR: a água contendo combustível, que vazou para a rede de esgoto e provocou o acidente, não veio da liberação de resíduos de uma caixa recém construída pelo posto.
Algumas amostras de água foram coletadas ontem, pela perícia e ainda serão analisadas. A saída da rede de esgoto, no Rio Muriaé, pela manhã, ainda apresentava forte cheiro de combustível e manchas de óleo estavam na água do rio.
A Polícia Ambiental também esteve no local e, segundo o Tenente PM Leal, em casos como estes o dano ambiental é significativo, e as águas do Rio Muriaé deverão ser analisadas não somente no local, mas por um trecho maior, para verificação do dano ambiental real.
A FEAM é o órgão responsável pela fiscalização de postos de gasolina, entre outras tantas atribuições. Por falta de recursos, em Muriaé a presença da FEAM se dá através do escritório regional, que fica em Ubá. Neste posto, que esteve em obras até janeiro, a última visita do órgão foi feita em agosto de 2007.
Responsabilidades
Durante toda a noite os moradores ficaram apreensivos, tendo retornado a suas casas e pela manhã o Corpo de Bombeiros isolou novamente a rua Manoel Alves de Araújo Sobrinho, lateral ao posto.
E a pergunta que ainda soa é: quem é o responsável por isso? A FEAM, a Polícia, os Bombeiros, o MInistério Público, a prefeitura?
Parece que esta dúvida favorece o acontecimento de coisas como essa. Se a FEAM tem somente que autorizar a obra, quem é que deve acompanhar sua execução? E quem comprova, após terminada a obra, que tudo que foi projetado foi executado?
Por enquanto, ainda são respostas que não estão prontas. Agora o que será feito é uma limpeza extra nos tanques que foram lavados e na rede de esgoto da rua, afim de evitar qualquer possível problema relativo ao incidente.
Susto na Barra: Bueiros explodem perto de posto de gasolina
O Corpo de Bombeiros foi rapidamente mobilizado. Ninguém se feriu mas, por causa do grande risco de novas explosões, a rua foi isolada. Os bombeiros orientaram os moradores a desligarem suas redes elétricas e as residências foram evacuados.
“No caso de uma explosão nos tanques, todos os prédios e casas que circundam o posto seriam atingidas”, disse tenente Patrick, comandante do Corpo de Bombeiros de Muriaé, explicando a gravidade da situação.
Durante uma hora os bombeiros tentaram controlar as chamas para evitar que chegassem aos tanques do posto de gasolina, mas a situação se complicava. Enquanto conseguiam apagar as chamas de um bueiro outro começava a pegar fogo dando seqüência a uma série de explosões. Quem passava pelo local, pôde sentir o forte cheiro de gasolina e ver a fumaça que tomou a rua durante a operação. Além disso, a alta temperatura fez com o asfalto começasse a trincar em volta dos bueiros.
De acordo com informações dos bombeiros, os tanques do posto de gasolina, que está em obras, foram limpos recentemente e os resíduos de combustível e produtos químicos foram jogados na rede de esgoto.
Testemunhas contaram que o fogo começou na margem do rio, no final da rua, onde aconteceu a primeira explosão, local onde a rede pluvial deságua. A partir dali, as chamas foram tomando a rede, subindo em direção ao Auto Posto F3. No local onde ocorreu a primeira explosão às margens do Rio Muriaé, era possível observar óleo sobre a água.
Só meia hora após a explosão o posto, que ainda estava em funcionamento, também foi isolado. O trânsito ficou confuso e vários curiosos se acumularam próximo a faixa de isolamento para acompanhar o trabalho dos bombeiros.
Órgãos competentes
Além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e Polícia Ambiental compareceram ao local. A FEAM, que não tem sede ou escritório na cidade, é órgão responsável pela fiscalização e emissão de autorizações de funcionamento para postos de gasolina e também tomou conhecimento do caso.
Um caminhão tanque do Demsur, departamento responsável pela limpeza urbana, deu apoio aos bombeiros, mas nenhum representante da Prefeitura Municipal havia comparecido ao local do acidente até as 20h30, além disso, a perícia da Polícia Civil só chegou ao local duas horas depois do acidente.
Auto Posto F3
A proprietária do posto de gasolina estava no seu escritório quando o incidente aconteceu. Glória Farjado, 49 anos, explicou que a reforma do posto foi concluída na segunda quinzena de janeiro. “Toda a reforma foi autorizada pela FEAM e realizamos a limpeza dos tanques há três semanas”, disse. Além disso, ela garantiu que nenhum resíduo foi jogado na rede pluvial. “Também não sabemos o que pode ter acontecido. Vamos esperar os laudos”, disse a proprietária.
Os frentistas do posto contaram que ficaram assustados e que muitos correram quando viram e ouviram a explosão. “Ficamos com medo de explodir tudo. O posto tremeu todo”, contou o funcionário.
A proprietária apresentou ao DIÁRIO os documentos que autorizam o funcionamento do posto naquele local. “A licença foi concedida em outubro de 2007 e é válida até 2015. Além disso, frequentemente recebemos visitas de fiscais. A última foi em agosto de 2007”, concluiu.
Danos
O susto também foi grande para José Simão da Silva, 52 anos, aposentado. Seu carro estava estacionado sobre um dos bueiros que explodiram. “Eu estava na casa em frente e ouvi o barulho. Quando cheguei da janela estava saindo fogo por baixo do carro”, narrou.
O pára-brisa do carro ficou trincado e retrovisores e lâmpadas foram danificados. “O porta malas também não está abrindo mais e o pára-choques também quebrou”, disse indignado. “Espero que agora os responsáveis arquem com os danos”, concluiu o aposentado, que registrou tudo em boletim de ocorrência.
Últimas informações
Depois de quase três horas de trabalho, os bombeiros conseguiram controlar a situação e por volta das 22h, os moradores da região puderam retornar à suas casas. “Vamos manter o isolamento da rua somente para veículos. Realizamos também procedimentos para manter a segurança do local. Diluímos produtos e jogamos nos bueiros para evitar que novos focos surjam”, explicou o tenente Patrick, do Corpo de Bombeiros.
O tenente também disse que solicitou, por meio de um promotor do meio ambiente, a presença da FEAM para fiscalizar o local. “O que pudemos fazer aqui nós fizemos. A Polícia Ambiental esteve no local avaliando a situação. Agora dependemos da presença FEAM e do IEF que já foi solicitada”, concluiu.
O posto de gasolina também voltou a funcionar e ficou em estado de alerta durante a noite, caso ocorresse algum incidente.
Ainda de acordo com informações do Corpo de Bombeiros, até o final da noite de ontem, nem a Defesa Civil e nenhum representante da Prefeitura Municipal, havia comparecido ao local. Em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, fomos informados que “pela manhã a Defesa Civil estaria no local para realizar uma avaliação dos danos e averiguar a situação, bem como tomar as providencias cabíveis às esferas estaduais e federais”, informou Sidnei Martins, assessor da Prefeitura.