sexta-feira, 6 de junho de 2008

Evento aponta caminhos para adoção de boas práticas nos processos de governança

Fernanda Machado / AmbienteBrasil (*)

Associar Governança e Sustentabilidade constitui-se, atualmente, num grande desafio no processo de gestão das empresas, governos, entidades e instituições da sociedade civil. Adotar uma estrutura administrativa voltada às questões econômicas, compartilhada com as questões sociais e ambientais, tornou-se fundamental para que organizações atinjam seus objetivos de maneira mais credível e eficiente.
Visando aprofundar o debate sobre esse desafio, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com o apoio da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, promoveu ontem, em Brasília, o 2º evento do Ciclo de Encontros Sustentável 2008, que tem como tema “Governança e Sustentabilidade nos Diversos Setores: boas práticas”.
O professor Lélio Laureti, sócio-fundador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), falou sobre a ética da sutentabilidade adotada pelas empresas. Para ele, o maior problema está na inversão de valores. “As empresas só pensam no lucro, falam muito sobre Sustentabilidade, mas, na prática, fazem pouco para minimizar os problemas ambientais do nosso país”.
Na avaliação do professor, há três maneiras para equacionar o problema da produção baseada na sustentabilidade do meio ambiente: a aplicação da lei, que, segundo Laureti, deveria ser mais eficaz, principalmente no combate ao desmatamento; o incentivo a estudos e pesquisas que focassem, por exemplo, a descoberta de produtos não-poluentes e a busca do equilíbrio entre lucro e projetos socioambientais das empresas.
Em entrevista exclusiva a AmbienteBrasil, Lauretti destacou que as empresas, por meio dos diversos meios de comunicação, poderiam contribuir, também, para o crescimento socioeconômico e ainda no processo de conscientização ambiental “O mercado pode vender seus produtos, mas também pode viabilizar políticas de desenvolvimento sustentável na área social, econômica e ambiental do país”, disse.
Para Marcos Bicudo, chairman do CEBDS e presidente da Amanco Brasil, o que precisa ser discutido no Brasil é um “novo modelo mental” para assegurar a importância da sustentabilidade. “Está fora de moda se preocupar apenas com o lucro, a empresa, para se destacar, tem que se preocupar com outros fatores, ela não pode deixar de lado os graves problemas ambientais existentes no mundo”, defende.
Além disso, Bicudo falou ao final do debate sobre o papel de cada cidadão no processo de desenvolvimento sustentável. “Não podemos apenas culpar governo e empresas, nós temos que fazer a nossa parte também, como, pelo menos, separar o lixo da nossa casa”, avalia.

* Correspondente em Brasília (DF).

Concordo que não devamos apenas culpar governo e empresas por tudo de errado que acontece, pois nós, de certa forma, aceitamos tudo isso.

Então, da mesma forma é que não consigo aceitar que o governo (e digo em qualquer esfera) seja o pior exemplo e eu não fale nada.

Como disse ontem, no Dia Mundial do Meio Ambiente, onde está o comprometimento da prefeitura que disse que vai replantar as árvores? Onde vão plantar? Quantas? Quais? A medida compensatória vai se basear somente no corte destas árvores da Rodoviária ou todas as árvores cortadas nesta administração? Porque isso incluiria muito mais, como por exemplo o corte de 65 árvores de uma só vez no Bairro Bela Vista...

Estou perguntando outra vez. Será que recebo uma resposta???



Um comentário:

Anônimo disse...

Nao sei se foi por medida compensatória. Mas outro dia estava caminhando na calçada da BR-356, e só na subida da AABB até o fim dessa subida, contabilizei umas 50 mudas de árvores... algumas poucas sofridas e parecem q nao vão vingar, mas acredito que uns 90% vão pra frente.