domingo, 27 de abril de 2008

Nosso hábito de esperar acontecer o pior para ver como é que está...

Notícia extraída de http://www.silvanalves.blogspot.com/

Domingo, 27 de Abril de 2008

DOIS PRESOS FOGEM DA CADEIA DE MURIAÉ
Clóvis Evangelista Miranda, o "Gim" e Gleicimar Nunes, o "Cicatriz", fugiram da Cadeia Pública de Muriaé por volta das 22h40 desse sábado. Segundo registro da PM, os detentos estavam em uma cela nova, a 13, construída nos fundos da cadeia e próximo ao muro. Após serrar a grade da frente da cela, conseguiram fugir possivelmente pulando pelo telhado que dá acesso à frente da Delegacia Regional de Polícia Civil e rua José de Freitas Lima, no Safira. A Polícia Militar procura pelos presos desde ontem, e pede a população para denunciá-los, caso sejam vistos pela cidade. Na cela estavam mais dois presos, que não quiseram seguir o mesmo comportamento dos fugitivos. É mais um problema para a direção da Cadeia de Muriaé.
Postado por Silvan Alves - Muriaé (MG) às
06:45

É por isso que eu critico. Não só porque esta ou aquela autoridade não age de acordo com suas funções, mas porque nós mesmos não cobramos isto como devemos.
Cito este caso primeiro porque sabemos, há muito tempo, que a situação carcerária nesta cidade e em muitas outras é terrível. E nem estou falando da questão que costuma ser causadoras de grandes polêmicas, a questão dos direitos humanos. Falo é de uma questão lógica, a superlotação potencializando um barril de pólvora. Em uma cadeia onde cabem cerca de 70 presos abrigar mais de 150, logicamente não pode dar em boa coisa.
E esta situação é observada, utilizada politicamente, mas não é resolvida definitivamente. E possível, sempre é. É só seguirmos exemplos que existem pelo Brasil afora. Ações que deram certo, nas quais encontraremos algo para copiar.
E sempre nosso conformismo faz parte das causas de catástrofes, de problemas. Vou citar mais dois exemplos: o acidente com a mineradora no ano passado, que causou estragos desde Miraí até o estado do Rio de Janeiro. Aconteceu por falta de uma fiscalização prévia ou séria, por parte da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
O outro acidente que poderia também ser evitado, ou pelo menos mais investigado depois, foi o do posto de combustíveis, que causou uma explosão na rede de esgoto da rua lateral ao posto. Também era de responsabilidade da FEAM a fiscalização sobre o posto e aobra que foi realizada.
São coisas diferentes, mas com uma mesma responsabilidade: a de todos nós. Eu vejo os defeitos acontecendo hoje, mas não somente neta cidade, mas em todo o país. E vejo algumas atitudes diferentes que têm, é claro, resultados diferentes.
Quando pararmos de achar que só compete às autoridades a solução de tudo, e participarmos mais, seja criticando, seja sugerindo ou agindo, aí talvez teremos menos críticas para fazer e mais soluções trazendo o bem a todos.
Após o acidente do posto, ao qual nenhum dos 11 vereadores ou pelo menos os 4 da Comissão de Meio Ambiente compareceu, enviei um e-mail para o Deputado Bráulio Braz, pedindo seu empenho para trazer para Muriaé um braço da FEAM, pois a cidade abriga várias atividades ambientalmente perigosas. Ele, então, me respondeu com cópia do Ofício que enviara ao Secretário Estadual de Meio Ambiente. Acho que já é um começo...
A história da fuga dos presos não é diferente neste sentido. O que mais disseram os deputados que vieram aqui visitar a cadeia pública? Não sabemos.
Como sempre, não sabemos e não queremos saber, até que acontece alguma coisa que quase sempre poderia ter sido evitada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Importante isso que você disse Floriano. Não adianta ficarmos espantados ou até mesmo criticando os acontecimentos depois que tudo foi destrído. Seria muito melhor e viável que órgãos como a FEAM viscalizassem o que é de seu trabalho para que, mais tarde, não ocorresse casos como esses. Mas ainda sim, acredito que essas atitudes de cobranças devem partir de nós mesmos. Somos um povo que assiste tudo do sofá da sala, sem se informar e se quer procurar saber sobre o próprio município ou cidade. Ainda falta muito até chegarmos a uma sociedade igualitária, justa, mas acredito que, aos poucos, cada um pode fazer sua parte. Seja denunciando, cobrando atitudes, divulgando acontecimentos, é papel de todos construir uma comunidade melhor.
Abraços Bruninha