domingo, 18 de janeiro de 2009

Israel, seu passado e seu futuro

Egoísmo coletivo (*)

 

O jornalista Mateus Soares de Azevedo é mestre em história das religiões pela USP e autor dos livros "Homens de Um Livro Só: O Fundamentalismo no Islã e no Pensamento Moderno" (Best Seller, 2008) e "A Inteligência da Fé: Cristianismo, Islã e Judaísmo" (Record, 2006).

 

Na Folha de S Paulo desta quarta-feira (14/1) ele reduz o sionismo à sua verdadeira dimensão de totalitarismo ultranacionalista. “Quem são os sionistas? Filosoficamente, o sionismo constitui uma das faces modernas da busca sempre perseguida e jamais realizada de um "absoluto" terreno. Busca que é crescentemente explosiva e destrutiva”, como se vê mais claro hoje, diz Azevedo.

 

Para ele, o sionismo representa, pelo lado religioso, um rompimento revolucionário com a tradição judaica. Uma renegação do judaísmo, um desvio profano do messianismo. Pelo lado político, trata-se de uma ruptura com a tradição judaica, uma perversão nacionalista e xenófoba do judaísmo. O sionismo é um tipo de "egoísmo coletivo": “Para nós, tudo; para os outros, nada”, explica.


Sderot, em Israel era, até 1948, um vilarejo palestino. Seus habitantes foram expulsos antes da criação de Israel e confinados numa estreita faixa de terra, a faixa de Gaza, com 35 km de comprimento por 10 km de largura, espremida entre o mar, Israel e o Egito.

 

Em Gaza, a maioria de seus 1,5 milhão de habitantes é de refugiados e seus descendentes. Eles foram expulsos de cerca de 350 cidades e vilarejos palestinos riscados do mapa por grupos terroristas judaicos, como o Irgun, o Haganá, a gangue Stern e, depois, pelo Exército israelense. Os instrumentos brutais de uma limpeza étnica levada ao extremo pelo sionismo “judaico”.  

 


( * ) Em  Boletim H S Liberal  você terá acesso a todas as fontes desta postagem.

ed@xpress.carteiroxpress.com 



Pode-se dizer que Israel está cometendo a mesma insanidade de que seu povo foi vítima. A estupidez mostra que não aprenderam e ainda estão ameaçando sua própria segurança e paz. A cada incursão ao longo do tempo e com a mesma falta de visão, Israel vai, mais do que os outros países, alimentando o ódio no Oriente Médio.

Triste, saber que estamos em guerra contra nós mesmos.



Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom ver algo postado aqui novamente..
Acho que esse texto cade até um comentário de mau gosto que escutei esse final de semana...
"Incompetente foi Hitler, se tivesse acabado com esses Judeus não exisitiria guerra em Gaza nem tampouco um exército super poderoso em Israel."
Apesar de muito perigoso, dá pra refletir...
Um abraço Flô