sábado, 18 de outubro de 2008

E continuamos aceitando as coisas "como elas são"

A LAMA, AINDA A LAMA
Ter, 14 de Outubro de 2008 20:30

A Defensoria Pública de Muriaé continua atendimento de proposição de ações das vitimas do rompimento da barragem acontecido em janeiro de 2007.
De acordo com informações da Defensoria, cerca de 300 acordos judiciais e extrajudiciais já foram concluídos, com valor de 3 mil reais cada um.
Interessados em propor ação devem comparecer para fazer o agendamento, no horário de 13 às 17 horas, de 2ª a 5ª feira. A Defensoria Pública funciona no prédio do Fórum, na rua Artur Bernardes.


*www.eliasmuratori.com.br

Não falo nem da justiça que, por ser um "sistema", é um caso a parte, mas aqui vai meu protesto pela aceitação, para mim, injustificável, de que "as coisas são assim mesmo", de que "há pessoas boas e pessoas más"...
Como pode ser aceitável acordos no valor de R$ 3 mil? Quase todas as pessoas que perderam, e são as que têm direito a este acordo, perderam tudo, literalmente. Algumas perderam mais de uma vez, só que na segunda vez perderam o que conseguiram ou compraram após terem perdido tudo na primeira enchente.
Aí recebem três mil Reais? Ora, façam-me o favor!
Eu tento, mas não consigo não relacionar isto com política; para mim, tudo depende de política. Me pergunto nessas horas: onde estão os que, em qualquer esfera, foram eleitos por nós para lutar por nosso bem estar e nossa qualidade de vida? Onde estão os que deveriam representar nossos anseios e necessidades?
Sabemos, muito bem, que com uma certa vontade política, as negociações da própria justiça com uma empresa como esta, a mineradora de Miraí, poderia ser bem mais razoável para quem, além de perder bens, perdeu a tranquilidade de morar no mesmo lugar.
Três, quatro ou cinco mil Reais pagam tudo isso????

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