segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Norte de Minas: bom exemplo!

Jornalista investigativo norte-mineiro entre os cinco que representaram o Brasil no Prêmio Ipys

Entre muitas matérias inscritas, somente cinco foram escolhidas para representar o Brasil na edição 2007/2008 do Prêmio Ipys para a melhor investigação jornalística de um caso de corrupção na America Latina e Caribe. Uma das reportagens escolhidas para representar o país foi publicada sob o título “População passa sede à beira de poços públicos”, de autoria do jornalista investigativo Fábio Oliva, editor da Folha do Norte, jornal que circula em Januária e outros municípios do Norte de Minas. A reportagem publicada em março de 2007 mostrou o sofrimento de moradores das proximidades de Tejuco, zona rural de Januária, que passam sede enquanto fazendeiros dão água de poços perfurados com dinheiro público a seus animais. O drama da falta de água enfrentado pelos moradores foi usado como pretexto para a perfuração de vários poços tubulares em fazendas de políticos, mas ainda hoje eles precisam percorrer até sete quilômetros para ter água.

O Prêmio Ipys é uma iniciativa da Transparency International, organização que lidera mundialmente a luta anti-corrupção, através de seus colaboradores na América Latina e no Caribe (TILAC), e do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS), prestigiada sociedade de jornalistas latino-americanos independentes com sede em Lima, no Peru. O projeto é também apoiado pelo Open Society Institute, com sede em Nova York, que aporta os fundos para o prêmio, que visa estimular o jornalismo investigativo.


Os cinco jornalistas investigativos brasileiros que tiveram reportagens selecionadas para representar o país na edição 2007/2008 do Prêmio Ipys foram: Thiago Prado, do jornal O Dia, do Rio de Janeiro com a reportagem “Vergonha da Tropa”; Fabio Oliva, da Folha do Norte, de Januária (MG), com a reportagem “População passa sede à beira de poços públicos”; Fábio Vasconcellos, do jornal O Globo (RJ), com a reportagem “Os brasileiros que ainda vivem na ditadura”; José Casado, com a reportagem “Mordomias, os males do Brasil são as regalias dos poderes da república”; e Lúcio Vaz, do Correio Braziliense, vencedor do prêmio com a reportagem “Acerto de Contas, financiamento eleitoral no Brasil”.

E eu tenho muito orgulho de dizer que este cara hoje é um amigo e, acima de tudo, um grande mestre.
Obrigado, Fábio, e parabéns!
As matérias de Fábio Oliva já ajudaram e ajudam no combate à corrupção na sua região. Este, sim, é um belo exemplo de que a imprensa séria tem uma força imensurável...




Um comentário:

Anônimo disse...

Quem trabalha com a verdade é sempre recompensado.
Vamos ficar na esperança de um dia termos um jornal que possa dizer o que quer na nossa cidade.
Grande abraço amigo.

Reginaldo